A frase que enterra projetos: “resolvemos na reunião…” 

A frase que enterra projetos: “resolvemos na reunião…” 

A urgência da formalização em um sistema centralizado

Se há uma frase capaz de comprometer seriamente a saúde de um projeto estratégico, ela é: “resolvemos na reunião…”. À primeira vista, parece inocente. Afinal, decisões são tomadas todos os dias em encontros de equipe, comitês e reuniões de diretoria. 

O problema surge quando essas decisões não são formalizadas, registradas e comunicadas de forma centralizada. O resultado? Ambiguidade, desalinhamento, perda de rastreabilidade e, muitas vezes, o fracasso do projeto.

Comunicação informal: um dos maiores riscos em projetos

Projetos estratégicos exigem clareza, consistência e registro. Quando a comunicação fica restrita a conversas de corredor, trocas de e-mails ou lembretes pessoais em cadernos e planilhas, surgem os seguintes problemas:

  • Perda de histórico: quem não participou da reunião não tem acesso às decisões.
  • Conflito de interpretações: cada stakeholder entende a decisão de forma diferente.
  • Falta de rastreabilidade: ninguém sabe quando, como ou por quem uma decisão foi tomada.
  • Retrabalho e atrasos: ações são executadas com base em informações divergentes.

Esses problemas não são apenas operacionais. Em projetos estratégicos, a informalidade na comunicação pode significar custos extras, atrasos críticos e até a inviabilidade do objetivo maior.

A importância de um repositório único de decisões

Um dos pilares da governança em projetos é a existência de uma única fonte da verdade. Isso significa que todas as decisões, mudanças de escopo, aprovações e direcionamentos precisam estar armazenados em um sistema centralizado, acessível a todos os stakeholders relevantes.

Esse repositório cumpre funções essenciais:

  • Transparência: todos sabem o que foi decidido, por quem e quando.
  • Alinhamento: evita interpretações distintas de uma mesma decisão.
  • Segurança: reduz riscos de informações perdidas em atas ou registros paralelos.
  • Memória organizacional: preserva o histórico para consultas futuras e auditorias.

Quando há um sistema único, não há espaço para a frase “mas isso não foi combinado”, todos têm acesso ao mesmo registro oficial.

Ambiguidade como inimiga da execução

Um dos maiores custos ocultos em projetos estratégicos é a ambiguidade. Quando não há registro formal, decisões importantes podem ser contestadas, esquecidas ou mesmo reinterpretadas.

A consequência é clara:

Equipes trabalham em direções opostas.

Recursos são desperdiçados em atividades desalinhadas.

Conflitos internos consomem tempo e energia que deveriam ser dedicados à execução.

Formalizar não é um luxo. É a única forma de proteger a integridade do projeto e garantir que todos estejam na mesma página.

O papel de sistemas centralizados

Ferramentas e metodologias modernas de gestão estratégica já reconhecem a necessidade de centralização de decisões. Um sistema integrado de gestão de projetos não é apenas um espaço de registro, mas um verdadeiro hub de governança, que garante:

Rastreabilidade total de decisões e mudanças.

Registro estruturado de escopo, orçamento e cronograma.

Comunicação clara e documentada entre diferentes áreas.

Redução drástica de riscos ligados à perda de informações.

Com isso, o projeto deixa de depender da memória ou da informalidade, e passa a ser conduzido de forma profissional, transparente e auditável.

“Resolvemos na reunião…” é a frase que melhor simboliza o risco da comunicação não formalizada. Projetos que dependem desse tipo de registro fragmentado estão condenados a ambiguidades, atrasos e conflitos internos.

A formalização, aliada a um sistema centralizado, não apenas organiza o fluxo de decisões, mas também cria a base de confiança necessária para que projetos estratégicos sejam conduzidos com clareza e disciplina.

Sem isso, todo esforço corre o risco de ser enterrado pela falta de uma simples formalização.